A Politica Exterior Do Brasi 1
Qual a importância da construção de parcerias durante os anos 90?
Na década de 90, o Brasil sofreu uma mudança na sua política externa. Com o fim da Guerra Fria e a globalização, as potências médias e recém industrializadas tomaram uma postura de participação e aceitação geral das bases e regras vigentes.
A política exterior brasileira foi cedendo a determinadas pressões que implicaram mudanças em alguns elementos de sua tradição ou a incorporação de temas da agenda internacional que haviam sido rejeitados no passado, como os direitos humanos, meio ambiente, a mudança de posição relativa à abertura de novas rodadas de negociação comercial no GATT e a estratégia de reforçar o apoio ao Conselho de Segurança da ONU, abandonando sua tradicional política passiva .
O estudo que se segue procura identificar estes processos de mudança na política exterior do Brasil, com o propósito de dar uma visão geral do que foi sua evolução no período em questão. Posteriormente, o Mercosul e a construção de parcerias estratégicas. A construção de parcerias durante os anos 90 se deu de acordo com a visão de liberalismo econômico que prevaleceu na condução da política exterior.
MERCOSUL congrega os dois países economicamente mais importantes – Brasil e Argentina e teve início em uma região de conflito remoto no continente, o cone sul.
O Brasil aumentava seu compromisso com o Conselho de Segurança da ONU depois do fim da guerra fria e, como país, reduzia suas manifestações de autonomia (área nuclear, venda de armas, presença no Oriente Médio e na África). Este compromisso maior era coerente com suas aspirações internacionais de país intermediário.
Não obstante, esse novo perfil do "ativismo" não estava isento de contradições: há uma declaração de vontade de identificar a importância da ONU como fórum de governança internacional, mas a opção pelo multilateralismo demonstra uma inclinação clara e aberta aos fóruns econômicos. "Começa a se