A novidade da divisão do brasil

Produção de Textos acadêmicos

A ``Novidade`` da divisão do Brasil

O artigo A "novidade" da Divisão do Brasil, publicado em 27/10/2014 pela revista Carta Capital, escrito pelo deputado Jean Wyllys, faz um resgate sistemático do problema dessa "nova" divisão evidenciada com o segundo turno das eleições para a presidência da republica. Neste contexto, mostra as múltiplas facetas de como essa divisão vigora desde tempos mais longínquos e não apenas abarca um público de eleitores, mas um panorama que engloba segmentações políticas, culturais, econômicas, sexuais, religiosas e sociais. Reproduzindo análises do resultado do segundo turno das eleições publicadas nos principais jornais, o deputado estadual tucano Luiz Paulo Corrêa da Rocha afirma que os governos do PT "dividiram o país", incumbindo a presidenta Dilma reuni-lo. Esta retórica não é original do Brasil: está presente nos discursos da direita em todos os países da América Latina cujos governos, mesmo sem questionar as bases do modelo econômico neoliberal, desenvolveram políticas mais ou menos intensas de redistribuição da renda e melhoraram a qualidade de vida dos mais pobres, ou ampliaram os direitos de diferentes parcelas da população antes excluídas. Todos esses governos são acusados por suas pertinentes oposições à direita de "dividirem" seus respectivos países que seguem enfraquecendo a desigualdade, acelerar mais nesse caminho, inclusive ultrapassando os limites impostos pelos acordos petistas, com parte da elite econômica e financeira das corporações comerciais e dos partidos políticos. A crítica colocada a esquerda do PT e vista como obstáculo ao discurso dos tucanos e de boa parte da mídia, a conciliação entre os dois brasis não vai nascer do retrocesso na justiça social nem da privatização de estatais em favor dos lucros do livre mercado financeiro que assegura privilégios a um determinado grupo, a conciliação entre os dois brasis vai nascer justamente da