A MORTE
Como evento que atinge a todos, a morte é geralmente algo sobre o qual evitamos pensar. Quase sempre, é percebida como tragédia que marca a ruptura definitiva no ciclo da vida, o que põe, para muitos, um dilema angustiante: onde estarei quando deixar de existir? Inferno? Paraíso? Apenas a frieza da terra? Ou será, simplesmente, nada?
Objetivamente ninguém poderá responder, pois, por ser um evento natural da vida não pode ser vivida a morte, podemos viver o processo até a morte.A morte não se pode ser vivida então não deveria ser uma coisa q nos preocupa-se mais tendemos a viver não apenas a angustia do que vira depois, mais a principal dificuldade e desapegar do que temos e amamos.
Na idade média, a morte era relacionada com ajuste de conta da própria vida e com os que o cercavam, era a religião que geralmente controlava a vida dos homens, que dizia garantir o paraíso, e estava diretamente relacionada a capacidade de se desapegar de bens pessoais e terrenos. É provável que naquele momento as pessoas estavam menos angustiadas que na era moderna. Após ter conquistado os bens e o prestígio que perseguira, depara-se com a dor que não o abandona e a consciência aguda da implacabilidade da morte. Diante disto, tornam-se inevitáveis a revolta e uma pergunta: "Por quê? Para que tal horror?".A morte como parte do gênero pode ser aceita, mas como parte de mim mesmo, eu como centro, jamais.Não raramente encontramos pessoas expressando seus dramas. Assim, é esperado ouvirmos de pessoas acometidas por doenças graves - daquelas que acabam obrigando a pensar no próprio fim - dizerem: "nunca imaginei isto acontecer comigo", ou "por que eu?".
Se, para uns, há tempo para se mortificarem com a proximidade da morte, para outros nem sempre é possível se vitimarem e lamentarem o fim da própria vida. A morte súbita geralmente causa espanto, dor e até desespero somente aos que estão ao redor. E, geralmente, diante da surpresa do