A influencia da TV no judiciario

A televisão promove reportagens a respeito dos atos criminosos contra a vida, usando de suas receptividades pela sociedade para formar uma opinião que vende a noticia. É perceptível que no Brasil já não existe mais famílias que não tenham acesso aos aparelhos mediáticos, qualquer casa tem pelo menos um rádio, uma televisão ou acesso a internet, de alguma forma a visão da mídia sobre o crime chegará até a população. As pessoas têm uma curiosidade tamanha por crimes, querem saber como aconteceu, discutem as razões e condena o criminoso, esperando do judiciário uma atitude altamente punitiva.
Sobretudo a televisão desmonta a própria base da instituição judiciária, abalando a organização ritual do processo, seu iniciar através do próprio procedimento, ela pretende oferecer uma representação mais fiel da realidade que as ilusões processuais. A imprensa divulga com antecedência o to de acusação, narra e resolve a peca que vai ser representada no dia seguinte, as agências de teatro ainda não estão vendendo as entradas mais isso não vai demorar muito a acontecer. Na relação entre mídia e justiça muitas vezes o trabalho com a imagem é determinante, pois ela confere à atualidade um sentido mais acurado e permite uma percepção mais ampla do acontecimento. A televisão sabe fazer de tudo para chamar a atenção do telespectador, porém não sabe esperar e calar-se, impondo a todos uma reação em tempo real, ela caba por se converter no disjuntor simbólico do tempo.
O papel das acessórias de comunicação é decisivo, as fontes devem saber o que falar e como falar, e, se bem treinadas conseguem tirar proveito dessa relação, plantando as informações que lhes forem convenientes, na televisão prevalece o apelo à emoção, através de estratégias de sedução que por isso mesmo raramente são percebidas de maneira consciente e mesmo que o sejam, nem por isso seriam menos eficazes, não é porque percebemos os mecanismo de sedução que conseguimos resistir a ela, esses preciosos minutos de