A história silenciada

963 palavras 4 páginas
Trabalho de Filosofia
Historia Silenciada

Desde que o homem se fixou na terra e com o surgimento das primeiras instituições, o poder pertenceu aos homens. Essa tradição tornou-se mais dura pra a mulher durante a Idade Média, período em que ela se encontrava totalmente submissa ao pai, e depois ao marido. As causas históricas mais conhecidas da submissão da mulher ao homem são a constituição da família, à qual se vincula a conservação e a transmissão da propriedade.
Com o uso de uma prática de generalização, historiadores do século XX têm silenciado e apagado a participação das mulheres na historiografia sobre a Idade Média. A partir da análise de textos retirados da "História da Vida Privada", referente ao período medieval (Duby e Ariès [orgs], 1990), é possível notar como a historiografia tradicional tem obscurecido a existência e atuação das mulheres medievais. Baseando suas investigações em textos da época, em sua maioria escritos por homens, padres e moralistas e construindo uma imagem unívoca das mulheres, transformando a pluralidade de mulheres "reais" em uma única Mulher, modelo a ser seguido, os historiadores desenvolvem uma imagem cristalizada e naturalizada das mulheres, eliminado assim, a multiplicidade da história.
Tentar conhecer as mulheres, em um dado momento do período medieval, através da literatura existente hoje, é, no mínimo, uma grande aventura, e é muito difícil encontrar grande número de estudos sobre o assunto. Nas obras de autores consagrados, como Jacques Le Goff, Marc Bloch e outros, as mulheres têm uma ínfima visibilidade, muitas vezes dividida com as crianças, relegada ao mesmo estatuto de mera coadjuvante da história, entre páginas e mais páginas sobre as classes e o governo dos homens.
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