A Educação e a Vida – Viviane Mosé

A Educação e a Vida – Viviane Mosé

Viviane Mosé, psicóloga, psicanalista e poeta inicia seu artigo nos apresentando o pensamento de Nietzsche, um filosófo, que no final do século 19, faz uma crítica contundente aos sistemas de ensino, especialmente às universidades, crítica essa que permanece bastante atual. Pois, nosso ensino tem um modelo baseado em conceitos fragmentados, teorias que nos distanciam da prática, da visão do todo e consequentemente da própria vida.
Neste sistema de ensino não somos ensinados a pensar, pois os conceitos nos chegam prontos, e a medida que não pensamos, nosso sofrimento aumenta pois podemos fazer escolhas adequadas e somos então submetidos à idéias que não são nossas.
O que Nietzsche afirma é que é preciso aprender a pensar e isso inclui resgatar o valor da vida. E esse processo passa pelo próprio corpo, não aquele idealizado na TV, nas revistas, mas esse, de carne e o osso. O pensamento de revela no corpo. É com ele que experimentamos, comparamos e decidimos. O pensamento não está separado do corpo.
Nietzsche sonhava com uma universidade onde fosse possível ao aluno educa a si mesmo, e que o professor fosse alguém que desse condições para que o educando se torne seu próprio educador. E assim, ele questiona como pode um professor e contenta em dar aulas no quadro negro, enquanto os alunos passivamente ouvem ou copiam? A aprendizagem exige atividade, exige ação. Outra crítica dele está no excesso de conteúdo histórico sob a forma de conceitos desconectados, principalmente, do presente. Por fim, uma questão central para Nietzsche, na formação do homem culto, que não é aquele que acumula dados na memória. O aprendizado da língua materna. Para ele, aprender a língua em sua complexidade, assim como se dedica a arte de escrever, é fundamental par o pleno desenvolvimento pensamento argumentativo, da sensibilidade e do estilo, em crianças e jovens.
Podemos concluir que o processo de aprendizagem como sendo aprender a falar, ler e