A crise na advocacia
Processo de Representação Autos
, já devidamente qualificado, por seu defensor dativo designado, abaixo assinado, vem com o devido e merecido respeito perante Vossa Senhoria, nos autos em epígrafe de representação, apresentar DEFESA PRÉVIA, nos seguintes termos :
I – A Crise na Advocacia
Os advogados, segundo Aguiar, dividem-se em assalariados, liberais clássicos e liberais societários.
Quanto aos assalariados assevera:
“vivem os problemas de qualquer trabalhador. Eles são atingidos, imediatamente, por qualquer arranjo que o governo invente para reduzir a inflação. Como todo assalariado, eles sempre pagam as contas desse novo peculiar capitalismo tardio. Eles são explorados por seus empregadores e não têm margem de manobra, pois seus salários são baixos no mercado, dada a existência de um enorme exército de reserva que, a cada ano, engrossa com novos bacharelados em nossos cursos de Direito.”
A crise econômica brasileira é conhecida de todos, seus reflexos na advocacia são imediatos, seja:
1) no Direito do Trabalho, com a diminuição dos dissídios coletivos; 2) no Direito Comercial, com o aumento de concordatas e falências; 3) no Direito Administrativo, com a retração dos investimentos do Estado, e as políticas liberais; 4) no Direito Civil, com a carência das partes para suportar custas processuais com a conseqüente diminuição dos litígios e o aumento da chamada arbitragem forçada, etc..;
Assinale-se no Estado do Paraná o recente rompimento do convênio da advocacia dativa celebrado com a Ordem dos Advogados do Brasil, com conseqüências graves aos milhares de desassistidos do sistema prisional e a própria dos advogados que militavam nesta seara.
Em síntese: crise econômica – crise na advocacia...
II. A OAB e o dever de