A crise do feudalismo
A Baixa Idade Média é o período da história Medieval que vai do século XIII ao XV. Corresponde a fase em que as principais características da Idade Média, principalmente o feudalismo, estavam em transição. Ou seja, é uma época em que o sistema feudal estava entrando em crise. Muitas mudanças econômicas, religiosas, políticas e culturais ocorrem nesta fase.
A base de sustentação das relações sociais era fornecida pela religião cristã, para qual o Pai, Filho e Espírito Santo compõem uma divindade una. Na verdade, a sociedade feudal estava mais ampla, começando pela Igreja Católica, a mais poderosa das instituições medievais, a única a cobrir todo o território e a obedecer a uma direção centralizada. Das fileiras dos religiosos, que sabiam ler e escrever em latim haviam saído os quadros administrativos a serviço dos reis e da alta nobreza. Na Baixa Idade Média a ligação entre Igreja e cultura passou a ser afirmada não apenas nos mosteiros, mas também em um novo tipo de instituição de ensino: a universidade. As primeiras foram a Universidade de Bolonha, que surgiu no final do século XI, e de Paris, fundada entre 1150 e 1170. Ligados a Igreja em sua maioria, seus professores dariam origem a uma nova categoria social, a dos intelectuais. Coube a eles esboçar o que seria uma das tarefas mais árduas dos humanistas: desvincular a razão da fé.
A crise do feudalismo Embora a vida econômica da Idade Média se baseasse principalmente na produção agrícola de subsistência, não faltaram, nesse período, habilidade técnica, economia de mercado e produção de excedentes. Isso quer dizer que o sistema feudal não se mostrou incompatível com o comércio e a indústria. Ao contrário, desde os primórdios do período medieval, comerciantes e artesãos asseguraram, ainda que em bases precárias, a produção e a circulação de bens entre os domínios senhoriais. Essas pessoas habitavam os burgos, lugares fortificados que impulsionaram a retomada da vida urbana. O