A contribuição do jogo de regras para o espaço lúdico e diagnóstico em dificuldades de aprendizagem

2077 palavras 9 páginas
A contribuição do jogo de regras para o espaço lúdico e diagnóstico em dificuldades de aprendizagem.

O jogo tem sido frequentemente utilizado como instrumento técnico por psicólogos e psicopedagogos no processo de diagnóstico e de intervenção, por permitir conhecer a realidade da criança. O jogo insere-se tanto na vertente da psicoterapia, orientando o psicodiagnóstico e tratamento das dificuldades de ordem emocional, como na psicopedagogia, orientando o diagnóstico e intervenção das dificuldades de aprendizagem. Estas duas vertentes se encontram relacionadas no que concerne às dificuldades de aprendizagem.
Embora a psicopedagogia e a psicoterapia atuem em campos específicos, pode-se dizer que, na tentativa de se compreender as dificuldades de aprendizagem e se procurar remediá-las, ambas se complementam.

O espaço lúdico no psicodiagnóstico

Os psicólogos clínicos que trabalham com crianças ou adolescentes, em geral, realizam uma entrevista prévia com os pais ou responsáveis, e depois com a criança. O diálogo iniciado dá oportunidade de continuar a conversa até um ponto em que as palavras acabam. Quando isso ocorre, García Arzeno (1995) chama a atenção para o fato de que é hora de aplar para outras formas de linguagem mais apropriadas à criança e ao adolescente: a linguagem lúdica e/ou gráfica. Piaget (1978) caracteriza o brincar como uma atividade que reflete os estados internos do sujeito diante de uma realidade vivida ou imaginada. Deste se diferencia o jogo de regras por ser constituído pela estrutura de regras. Dada sua natureza lógica e social esta forma de jogo é caracterizada pelas coordenações do sujeito, pelas coordenações interindividuais, a fim de dar conta das exigências de reciprocidade social. Legitimar a linguagem lúdica da criança foi objeto da psicanálise. Freud e Ana Freud já consideravam a importância do jogo, entretanto, Melanie Klein foi a pioneira na utilização do jogo como técnica psicanalítica, considerando-o “a via régia do

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