A ANÁLISE EMPÍRICA UTILIZA DADOS DA PNAD
A análise empírica utiliza dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 1996. Nesse ano, a pesquisa inclui um suplemento especial com informações sobre as características dos pais dos indivíduos entrevistados. Com isso, é possível obter, além das variáveis relacionadas ao mercado de trabalho e às características individuais, o nível de instrução dos pais dos chefes de domicílio e dos cônjuges.3 Foram excluídas da análise as pessoas nas condições de filhos ou filhas, parentes, agregados e outros.4 A amostra é restrita aos indivíduos ocupados e com rendimentos do trabalho positivos, com idade entre 25 e 45 anos5 e que trabalharam 20 horas ou mais na semana de referência, de tal forma que, ao final, a amostra é composta por cerca de 40.000 observações.
Portanto, a análise descritiva indica que o nível de escolaridade dos trabalhadores está bastante associado ao nível educacional alcançado por seus pais. Além disso, quando indivíduos com escolaridade semelhante são comparados, os rendimentos são, em geral, mais elevados para aqueles com pais mais educados.
Conclusão
Pode-se perceber que na tabela 1 apresenta a distribuição educacional dos indivíduos na amostra condicionada na escolaridade dos pais. Percebe-se claramente que o nível educacional é muito mais elevado para pessoas cujo pai ou a mãe alcançaram um nível de escolaridade mais alto. Trabalhadores com pais que não completaram o antigo primário (menos de 4 anos de estudo) apresentam 5,3 anos de escolaridade, em média. Nota-se que quase 35% dos indivíduos nesse grupo também possuem menos de 4 anos de escolaridade e apenas 3% têm curso superior completo. Para os trabalhadores cujos pais alcançaram entre 4 e 7 anos de estudo, a média de escolaridade é igual a 9,1 anos, com apenas 6,5% sem pelo menos o primário completo e 13,5% com curso superior. Já para os trabalhadores cujos pais alcançaram