Voz, uso e cuidado

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REGÊNCIA
É a direção de uma apresentação musical por meio de gestos visíveis desenhados para assegurar unanimidade, tanto de execução quanto de interpretação. Esta é uma das mais difíceis e das mais gratificantes de todas as atividades musicais.
1.Definição. 2. A história até 1800. 3. A história à partir de 1800. 4. Técnica

1. DEFINIÇÃO.
(i) Pulsação audível do andamento. Uma pulsação audível tem sido usada em várias épocas para marcar o ritmo e ainda é em certas circunstâncias, como por exemplo, a apresentação da música militar por uma banda de desfile. Na Grécia antiga o ritmo, tanto do coro como da música instrumental era marcado pelo bater do pé direito no chão, ao qual estava ligado a uma peça de metal. Esta pode ser a origem da prática posterior de levantar a mão no tempo fraco e baixá-la no tempo forte. Escritores medievais se referem algumas vezes, ao bater palmas, mas isto objetivava mais propriamente a instrução do aluno do que a direção da apresentação. Bermudo (1549) mencionou com desaprovação aqueles que batiam com o bastão no livro de música com tanta força que se podia ouvir por toda a igreja. O
Boeminiano Venceslaus Philomathes (1512) que criticou a extravagância na regência, tinha palavras particularmente duras àqueles que batiam o pé no chão. Um exemplo posterior da pulsação do andamento audível é a prática da Ópera Paris nos séculos XVII e XVIII. De acordo com um tradutor anônimo de “Uma comparação entre a Música e a Ópera Francesa e Italiana” de Raguenet (1709), o regente originariamente sentava no palco e batia o tempo em uma mesa. Mais tarde ele se moveu para a orquestra1 e batia no assoalho com um longo bastão, o que fazia apenas mais barulho. O tradutor acrescentou que isto era também uma prática em Londres “seis ou sete anos atrás”. Rousseau (1768) repugnou a prática, mas sentia que isso era necessário. Grimm (1753) disse que isto soava como um homem cortando madeira. Esta prática era desconhecida na Itália,