Vidas secas

COLÉGIO INTEGRAL – BRAGANÇA PAULISTA (SP)
Estudo de Livros – Vestibulares UNICAMP e FUVEST 2010
VIDAS SECAS [1938] – Graciliano Ramos
Preparado por Jairo J. B. Soares

I – ENREDO
1. Mudança – Chegada da família de retirantes à fazenda abandonada; lembranças: a morte do papagaio, a caça aos preás feita pela cachorra (Baleia cumprindo seu papel de membro da família e garantindo seu sustento e sobrevivência).
2. Fabiano – Caracterização e monólogo interior de Fabiano: “você é um homem” versus “você é um bicho” (animalização do ser humano; zoomorfização).
3. Cadeia – Fabiano vai à feira; o jogo na venda de Seu Inácio; o Soldado Amarelo como parceiro; perde o dinheiro, briga com o soldado, é preso e surrado na prisão: “Apanhar do governo não é desfeita” (sertanejo vítima do poder público que devia ajuda-lo; exploração e violência social; incapacidade de Fabiano de entender o mundo - o porquê de existir governo).
4. Sinhá Vitória – O grande sonho: uma cama de lastro de couro como a de Seu Tomás da Bolandeira (desejo de repousar, de levar uma vida mais confortável).
5. O Menino Mais Novo – A vontade de ser igual ao pai (perpetuação da miséria: o menino igual ao pai, o mesmo destino, o mesmo sofrimento); a queda do bode e a desaprovação de Baleia.
6. O Menino Mais Velho – A curiosidade: a vontade de entender a palavra “inferno” (falta de intimidade com a linguagem, falta de estímulo para o desenvolvimento intelectual: será um bruto como o pai); o refúgio na companhia de Baleia. (Reparar que ambas as crianças não têm nome; índice da condição miserável em que vivem).
7. Inverno – A chuva; a família em volta do fogo; a tentativa do diálogo impossível (incapacidade lingüística; comunicação precária e insuficiente – como os animais).
8. Festa – Natal: festa na cidade, roupas novas e o desconforto dos sapatos (distância da civilização).
9. Baleia – Suspeita de hidrofobia da cachorra; o sacrifício: o tiro de Fabiano e a morte sonhando com “um mundo todo cheio de