Vicente do Rego Monteiro

Vicente do Rego Monteiro
19/12/1899 – 05/06/1970
“A vida é tudo o que tenho. A vida e somente a vida. É sobre ela que estou construindo a minha obra.”
Nascido em Recife – PE, no dia 19 de dezembro de 1899, Vicente do Rego Monteiro se muda pra o Rio de Janeiro com sua família aos nove anos de idade. Nesse mesmo ano, 1908, inicia os estudos das artes ao acompanhar sua irmã à Escola Nacional de Belas Artes. Em 1911, a família se muda para Paris, onde o artista frequenta cursos livres e estuda em escolas de artes mais alternativas, como Académie Colarossi, Académies Julien e La Grande Chaumière, onde estudou desenho, pintura e escultura. Essas escolas, diferente de École des Beaux-Arts que é uma das escolas de artes mais conceituadas, eram menos conservadoras, nas quais mulheres também poderiam estudar. Inclusive, a academia La Grande Chaumière foi fundada por uma mulher, uma sueca chamada Martha Stettler, quem se recusou a dar aulas na estrita École des Beaux-Arts. O que deu início as artes independentes.
Em 1915, Monteiro deixa a França e volta ao Rio de Janeiro devido à Primeira Guerra Mundial. No início da carreira, se dedica brevemente à escultura. Em 1920 realiza exposição de desenhos e aquarelas, apresentadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Recife, na qual começa a demonstrar seu interesse pelas lendas e costumes da Amazônia, o que se torna inspiração para grande parte de suas obras. Nesse período estabelece contato com artistas ligados ao movimento modernista: Anita Malfatti, Victor Brecheret e Di Cavalcanti. O artista viaja para a França em 1921 e deixa oito quadros a óleo e aquarela com o crítico e poeta, que aderiu ao modernismo, Ronald de Carvalho. Ronald decidiu incluí-las na seleção de obras expostas na Semana de Arte Moderna de 1922.
Nesta época Graça Aranha afirmou: "A remodelação da estética do Brasil é iniciada na música de Villa-Lobos. Na escultura de Brecheret e na pintura de Di Cavalcanti, Anita Malfatti e Vicente do Rego Monteiro".
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