vantagem competitiva

Conselho de família empresas familiares: conceitos e importância prática.
Diego Alegre.

Segundo Davis, Gersick, Hampton e Lansberg (1997) a sucessão não é uma coisa, mas muitas. Não é um evento único que ocorre quando um velho líder se aposenta e passa o bastão a um novo líder, mas sim um processo de desenvolvimento, que começa muito cedo nas vidas de algumas famílias. Para os autores, a sucessão sempre leva tempo, pois mesmo nos casos em que uma doença súbita ou um evento dramático conduz mudanças abruptas nos títulos ou papéis das pessoas, há um período de preparação e antecipação à verdadeira “passagem das chaves”, além de um processo natural de ajuste e adaptação da empresa a nova realidade. Além disso, segundo os autores, o processo sucessório nem sempre é racional e engenhoso. Algumas empresas se esforçam para ser proativas a respeito do planejamento da sucessão e antecipam as tarefas preparatórias de desenvolvimento da empresa e da família. Outras simplesmente alcançam seu objetivo sem muito planejamento consciente. Porém, quer seja planejada ou executada em resposta às necessidades, a sucessão é um processo complexo. Os membros da família precisam formular a visão de uma futura estrutura de controle, desenvolver e treinar os sucessores em potencial, montar um processo para a seleção dos líderes mais qualificados, superar qualquer resistência à entrega do poder, bem como ajudar a nova liderança a estabelecer sua autoridade. Depois de planejar, formular estratégias e negociar, ainda devem estar preparados para lidar com contingências inesperadas, que podem ameaçar algum ponto do processo. Segundo pesquisa realizada pela revista Exame, com oito dos maiores especialistas do mundo em empresas familiares e dezenas de executivos que já estiveram envolvidos em situações semelhantes, outro ponto vital para garantir a longevidade de uma empresa familiar é saber identificar as características do sucessor ideal. De acordo com a pesquisa, fatores como paixão