vacinas

INTROCUÇÃO

As vacinas, de certa forma, partem da ideia de usar o inimigo contra o próprio inimigo. Na ideia teve início no século XVIII, (1804 )- Durante a epidemia de varíola, uma das doenças mais temidas no mundo naquela época, com taxa de mortalidade em torno de 10 a 40%.A idéia surgiu a partir da observação de que sobreviventes da doença não contraíam varíola novamente. Foi então que muitos povos tentaram provocar a enfermidade de forma branda para evitar que ela fosse contraída de maneira mais potente.Como ainda não existia a injeção, as técnicas eram bastante pitorescas: colocavam um algodão com pó de crostas ou pus retirado das feridas da varíola no nariz do paciente, vestiam roupas íntimas de doentes, picavam a pele com agulhas contaminadas, faziam um corte na pele e colocavam um fio de linha infectado ou uma gota de pus.
Foi Lady Mary Montagu, mulher do embaixador inglês na Turquia ,que introduziu a técnica na Europa. Ela observou que a varíola podia ser evitada introduzindo na pele de indivíduos sãos um líquido extraído das crostas davaríola que se formavam no indivíduo infectado. m 1798, vieram a público as investigações feitas pelo médico inglês Edward Jenner. Por longos anos, ele observou que ordenhadores que haviam sido contaminados pela cowpox, doença branda semelhante à varíola que atingia gados, eram imunes à varíola. Mesmo sendo infectados pelo vírus, estas pessoas se mantinham refratárias à doença.³
Jenner inoculou um garoto de oito anos com o pus retirado da pústula (crosta cheia de pus formada sobre a pele do doente) de uma ordenhadora que sofria com a doença. O garoto contraiu uma infecção extremamente benigna e, dez dias depois, estava recuperado.
Rapidamente a inovação se difundiu pelo mundo. A própria palavra “vacina” vem dessa descoberta, do latim “vaccinus”, proveniente de “vacca”, que significa vaca⁴. A partir de 1800, a Marinha britânica começou a adotar a vacinação. No Brasil a vacina chegou em 1804, trazida pelo marquês de