Vacinas

VACINAS
INTRODUÇÃO
No final do século XIX, a descoberta dos agentes causadores de doenças infecciosas representou um passo fundamental no avanço da medicina experimental, com o desenvolvimento de métodos de diagnóstico e tratamento de doenças como a difteria, tétano e cólera. Um dos principais aspectos desse avanço foi o desenvolvimento da soroterapia, que consiste na aplicação no paciente de um soro contendo um concentrado de anticorpos. A soroterapia tem a finalidade de combater uma doença específica (no caso de moléstias infecciosas), ou um agente tóxico específico (venenos ou toxinas).
Soros e vacinas são produtos de origem biológica (chamados imunobiológicos) usados na prevenção e tratamento de doenças. A diferença entre esses dois produtos está no fato dos soros já conterem os anticorpos necessários para combater uma determinada doença ou intoxicação
(imunidade passiva), enquanto que as vacinas contêm agentes infecciosos incapazes de provocar a doença, mas que induzem o sistema imunológico da pessoa a produzir anticorpos, evitando a contração da doença (imunidade ativa). Portanto, o soro é curativo, enquanto a vacina é, essencialmente, preventiva.
As duas medidas de saúde pública que apresentaram maior impacto mundial no controle de doenças infecciosas e parasitárias foram o tratamento da água e a vacinação, sendo a segunda a que apresenta o melhor custo-benefício. A medicina percorreu um longo caminho durante os últimos séculos, e o desenvolvimento das vacinas iniciou uma nova era de prevenção às doenças. Uma vacina é uma substância derivada, ou quimicamente semelhante, a um agente infeccioso causador de doenças consideradas de preocupação à saúde pública.
Antes dos avanços tecnológicos e de diagnóstico, no final do século XVII, o médico Edward
Jenner percebeu que os ordenhadores que contraíam a varíola bovina estavam imunizados contra a varíola humana. Dr. Jenner então expôs um garoto saudável a varíola bovina, mais amena que
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