URBANISMO NO BRASIL

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O Plano Diretor

Principal instrumento da política urbana, o Plano Diretor (PD) estabelece as bases para que Estado e sociedade construam nos próximos dez anos. É um projeto de cidade baseado no terciário moderno como centro metropolitano e regional.
Dois pontos importantes permeiam essas bases: a capacidade de expansão e adensamento no nosso território e a organização desse crescimento de forma sustentável e socialmente justa. Consideradas as restrições de ordem geomorfológica, social ou histórico-cultural, a capacidade de expansão e adensamento concentra-se sobre a planície alagadiça e envolve um acréscimo construtivo da ordem de 37 milhões de metros quadrados.
Esse volume equivale à construção de 750 mil unidades populares para cerca de 2,2 milhões de habitantes, ou cerca de 450 mil unidades para 1,5 milhão de habitantes de classe média. Mais que duplicar a atual população da cidade, esse volume não será realizado num horizonte inferior a quarenta anos de produção imobiliária.
Para os próximos dez anos, portanto, o PD organiza uma proposta de reorientação dos investimentos na infraestrutura e qualidade ambiental dos bairros, o que inclui uma distribuição mais equilibrada da atividade imobiliária e seus padrões de adensamento.
No âmbito do conjunto de instrumentos e ações estruturadoras do PD, destaque para o reordenamento do sistema de mobilidade, responsável por costurar o tecido urbano e orientar o crescimento da cidade. O PD tem um foco especial na articulação entre os “eixos” e os “centros” urbanos, que estão distribuídos em localidades, nos bairros ou regiões da cidade.
Os eixos e centros urbanos exercem o papel de integrar todas as partes do território através de deslocamentos mais reduzidos, mais rápidos e fáceis. São áreas de maior mobilidade e, por essa razão, concentram atividades múltiplas, definidas no PD como zonas especiais de dinamização econômica.
Outro destaque do PD, as operações urbanas