Um Critico Chamado Vinicius

1515 palavras 7 páginas
Um crítico chamado Vinicius
Acontecem em todo o Brasil, durante todo o decorrer de 2003, as comemorações pela passagem dos 90 anos de nascimento do poeta Vinicius de Moraes (1913-1980), com relançamento de suas obras e exposição das diversas facetas de seu talento, inclusive a de singular crítico que considerava o cinema “um elemento original de poesia e plástica infinitas”
No livro “O Cinema de Meus Olhos” (Companhia Das Letras), organizado por Carlos Augusto Calil, encontra-se a coletânea de críticas cinematográficas escritas por Vinicius de Moraes, onde ele declara que a função primordial de um crítico de filmes é “ensinar o povo a ver”.
O primeiro texto de Vinicius sobre o tema foi publicado em agosto de 1941, no jornal “A Manhã” do Rio de Janeiro, sob o título “Credo e Alarme”. Na crônica, o poeta proclama sua fé religiosa nas virtudes do cinema, “arte filha da Imagem, meio de expressão total em seu poder transmissor e capacidade de emoção”.
Sua inclinação para a poesia e o cinema, segundo Carlos Augusto Calil, “sempre correspondeu a um poderoso sentimento de mística entrega, fundado no dogma da revelação do mistério da arte: a poesia e o cinema revelam sem exprimir”.
A partir da primeira colaboração como crítico, o “poetinha” propôs uma cruzada pela educação estética dos leitores, com artigos de divulgação sobre a Sétima Arte e suas teorias sobre roteiro, direção e montagem.

A presença de Orson Welles no Rio, em 1942, contribuiu para atiçar o clima no qual Vinicius iria deflagrar o debate sobre “cinema mudo versus cinema falado”. Ele considerava que “Cidadão Kane”, obra-prima de Welles, “no fundo era um filme silencioso”. O diretor norte-americano protestou contra a classificação, o que tornou o poeta, seu grande admirador, inconsolavelmente frustrado.
Os laços que ligam Vinicius ao cinema são inúmeros e duradouros. Ele escreveu sobre o tema, com algumas interrupções, até 1953. Sua primeira fase terminou quando foi afastado de “A Manhã” por pressão

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