Harry Potter e a psicanálise
CURSO DE PRODUÇÃO DE ARTIGO CIENTÍFICO
HARRY POTTER E A PSICANÁLISE
Eduardo Gheller Heidemann
Caxias do Sul 2012
Eduardo Gheller Heidemann
HARRY POTTER E A PSICANÁLISE
Professora: Niura Maria Fontana
Caxias do Sul, 28 de junho de 2012
RESUMO
O presente artigo, uma análise psicanalítica de três símbolos da série livros Harry Potter – o menino órfão, a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts e o mundo mágico –; uma sucinta explicação dos motivos de seu enorme sucesso e a discussão das lições que podemos aprender com a história, discute o caráter empático e a proximidade da saga com seus leitores. Os dilemas vividos pelos personagens são compartilhados pelos jovens leitores, tornando Harry Potter um romance de formação. Essa identificação é a causa do êxito da história.
Palavras-chave: Harry Potter, psicanálise, interpretação.
INTRODUÇÃO
Em 1997, depois de muitos obstáculos e pouco incentivo uma autora estreante inicia sua caminhada no que hoje se tornou um verdadeiro marco literário de ficção infanto-juvenil. Inicialmente, por meio de uma divulgação verbal, a primeira edição com 500 exemplares de Harry Potter rapidamente se esgotou. Quinze anos se passaram e a autora J.K Rowling escreveu outros seis livros para a saga, que foram traduzidos para 68 idiomas e comercializados às centenas de milhões – estima-se que foram vendidos mais de 400 milhões de exemplares.
A publicação da série estendeu-se por dez anos formando uma legião de fãs que cresceu acompanhando as aventuras de Harry. Tais livros influenciaram tanto seus leitores que podemos inclusive falar na existência de uma “geração Harry Potter”. Pela tamanha interferência que a história do bruxinho provocou em jovens e adultos é importante entendermos os significados morais e psicológicos que se