Três grandes teóricos

Ferdinand de Saussure Considerado o pai da linguística moderna, justamente porque constituiu um saber autônomo, com objeto e métodos próprios. Isso é muito importante, pois é o que faz com que a linguística seja encarada como ciência. Saussure elaborou teorias sobre a linguagem que se caracterizaram por focalizar a estrutura, diferentemente do enfoque histórico, que era comum naquela época.

Para ele o objeto da Linguística era a língua, entendida como um sistema de signos, uma gramática virtual, tomando-se gramática “como conjunto de princípios que regem o funcionamento da língua”. A linguística tem por único e verdadeiro objeto a língua considerada em si mesma e por si mesma. Para ele, a linguagem é composta de duas faces de uma mesma moeda: “a langue e a parole”.

Assim Saussure cria as Dicotomias:

Língua/Fala: Saussure afirma que a “langue”, definida como o sistema de signos interiorizado culturalmente pelos falantes, é a parte social da linguagem, exterior ao indivíduo, que não pode ser modificada pelo falante e obedece às leis do contrato social estabelecido pelos membros da comunidade. E a ‘“parole”, se refere ao ato individual de escolha das palavras para a elaboração de enunciados.

Diacronia/Sincronia: a diacronia é a língua considerada no eixo da passagem do tempo, ou seja, da sucessividade. Sincronia é o estudo da língua em determinado momento histórico.

Sintagma/Paradigma: O sintagma é a combinação de palavras que podem ser associadas. O paradigma, o modelo, significa um sistema pré-estabelecido ou já existente. A língua é o paradigma. O sintagma é uma atualização, uma concretização do paradigma. É a utilização dos elementos que fazem parte do paradigma.

Significado/Significante: pode-se afirmar que os signos linguísticos apresentam dois componentes: uma parte material (o som ou as letras) - o significante; outra parte abstrata (a ideia) - o significado.

Noam Chomsky

Noam