Treinamento esportivo de crianças e adolescentes

1. INTRODUÇÃO

A infância e a adolescência representam o estágio fisicamente mais ativo do desenvolvimento humano. O fato de que as crianças apresentam maior atividade física quando comparado a adultos é explicado, por um lado, por uma maior atividade do cérebro, e por outro, pelo fato de que crianças são menos sensíveis ao cansaço do que adultos. As crianças precisam de uma considerável educação a respeito de condicionamento físico, treinamento e esporte, antes de adotarem um programa completo de treinamento. Elas gostam de participar de jogos, brincadeiras, atividades físicas e esportivas e certamente adoram competir (WEINECK, 2003).
Segundo Turíbio (1997), por mais que a criança manifeste até certo entusiasmo pela prática de uma determinada modalidade esportiva, deve-se ter muito cuidado com os programas de treinamento aplicados precocemente. Professores, treinadores e preparadores físicos buscam os melhores programas de treinamento para aumentar a força muscular e o potencial esportivo infantil. A aplicação precoce de exercícios de desenvolvimento da massa muscular, se não for muito bem orientada, respeitando os limites impostos pela fase de crescimento e desenvolvimento, poderá interferir de maneira bastante prejudicial à saúde. As crianças sonham em superar os efeitos dos grandes atletas nacionais e internacionais. Porém, é erro grave submetê-las aos programas de treinamento para adultos.
É importante para os que trabalham com crianças e adolescente estarem bem informados sobre todas as mudanças físicas, emocionais e cognitivas a que são submetidas durante os estágios de desenvolvimento e estruturarem o treinamento adequado.
Para cada uma dessas etapas há uma fase correspondente de treinamento esportivo: iniciação (pré-puberdade), formação esportiva (puberdade), especialização (pós-puberdade) e alto desempenho (maturação). Embora cada etapa corresponda mais ou menos a uma determinada faixa etária, é importante entender que os programas de