Transtorno de Déficit de Hiperatividade e Atenção

E.D.S., masculino, 7 anos, uma criança saudável mas extremamente agitada. Até então nunca tinha apresentado problemas, pois sua inquietação era relacionada, pelos pais, à sua idade e imaturidade. Contudo vem apresentando diversos problemas escolares que se originam não apenas de sua inquietação, mas também de momentos de “voo”, ou seja, relata mergulhar nos pensamentos e praticamente não apreender nada do que se passa ao seu redor, normalmente isso acontece quando a professora está a passar uma matéria importante para sua alfabetização.
E.D.S. apresenta algo que toda professora terá que lidar ao menos uma vez em sua vida, uma síndrome chamada de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Para docentes talvez não seja essencial compreender o desequilíbrio químico que ocorre no córtex frontal dos neurotransmissores dopamina e noradrenalina, mas sua sintomatologia é essencial.
O TDAH pode se manifestar de 3 diferentes formas, TDAH com prevalência de hiperatividade (muito raro, onde apenas a hiperatividade acontece), TDAH com prevalência do déficit de atenção e o TDAH do tipo misto (o mais comum) onde aparecem os dois sintomas principais descritos. A atenção do educador deve estar sempre desperta para as crianças que manifestem sintomas de inquietação, lapsos de atenção e hiperatividade.
Se encaixam na síndrome crianças que tem início dos sintomas antes dos 7 anos. Após esse período, inquietação e falta de atenção surgem por influencias internas, intrigas familiares, etc. Devem ser pesquisados tais fatores que geraram a alteração comportamental.
O cuidado do professor deve ser diferenciado para a criança com TDAH, para isso o deve estar capacitado a fim de, com paciência, ajudar no processo de aprendizagem do aluno, que requisitará esforço das duas partes. Cabe ressaltar que os portadores de TDAH não são intelectualmente incapazes, ao contrario, pesquisas mostram que pessoas com a síndrome apresentam inteligência normal ou acima da média, a única