Trampos
O relatório da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva) busca discutir na primeira parte a relação entre agrotóxicos, segurança alimentar e saúde. Numa preocupação de professores e pesquisadores sobre o aumento do uso de agrotóxico no Brasil e a contaminação do meio ambiente e das pessoas, com severo impacto sobre a saúde. O referido estudo procura justificar a ação através da digressão sobre o contexto social de uso de agrotóxicos no Brasil, ou seja,
Expressa, assim, o compromisso da ABRASCO com a saúde da população, no contexto de reprimarização da economia, da expansão das fronteiras agrícolas para a exportação de commodities, da afirmação do modelo da modernização agrícola conservadora e da monocultura químico-dependente. Soja, cana-de-açúcar, algodão e eucalipto são exemplos de cultivos que vêm ocupando cada vez mais terras agricultáveis, para alimentar o ciclo dos agrocombustíveis, da celulose ou do ferro-aço, e não as pessoas, ao tempo em que avançam sobre biomas como o cerrado e Amazônia, impondo limites ao modo de vida e à produção camponesa de alimentos, e consomem cerca de metade dos mais de um bilhão de litros de agrotóxicos anualmente despejados em nossa Terra. (CARNEIRO et al, 2012, p.11).
O dossiê foi elaborado para alertar a sociedade sobre os riscos do uso indiscriminado de agrotóxicos, quando se verifica que os pais assumiu o ranking mundial de consumo de insumos químicos. A preocupação é verificar o impacto sobre trabalhadores, moradores próximos de fabricas, plantações e consumidores. Cabe observar ainda que o relatório foi lançado em 2012, e se encontra disponível na internet, como resultado do esforço de pesquisadores de universidades e centros de pesquisas brasileiras, a exemplo do