Trabalhos

1. INTRODUÇÃO

Desde muito tempo a criminalidade é um tema que gera discussões polêmicas, por se tratar de um grave problema que preocupa toda sociedade. Os atos criminais são cometidos tanto por homens quanto por mulheres, sendo que o número de mulheres presas é expressivamente menor que o número de homens, mas na atualidade a criminalidade feminina vem aumentando, se intensificando e, por conseguinte, compõe cada dia mais o sistema carcerário já tão precário e saturado.

Desta forma, busca-se o entendimento de alguns aspectos ligados a criminalidade feminina, sendo necessário, discutir sobre relações de gênero ligadas à criminalidade, sendo que gênero refere-se ao significado de ser homem e de ser mulher para a sociedade e a cultura na qual estão inseridos, e na qual onde se pode perceber a desvalorização da mulher, que ocorre também no sistema prisional.

Em razão da mulher sempre ser vista como dócil e incapaz de cometer crimes, por muito tempo associou-se a ela somente a pratica de delitos passionais ou aqueles chamados crimes contra a maternidade (aborto e infanticídio). Hoje as estatísticas demonstram que majoritariamente as mulheres estão sendo encarceradas pelo cometimento de crimes contra o patrimônio e principalmente crimes ligados ao trafico de drogas.

2. MULHER NA SOCIEDADE BRASILEIRA

Vale situar historicamente o papel que a mulher ocupou e atualmente ocupa na sociedade brasileira. Para isso, verificando-se desde o secula passado ao século atual, o que mudou e o que ainda permanece em relação à posição da mulher nos vários âmbitos da vida privada e social. No período Colonial, a sociedade configurava-se como patriarcal e religiosa. O rei executava as leis morais ditada pela Igreja Católica Apostólica Romana, e as doutrinas, dogmas e sacramentos tinham por objetivo impor controle e domínio sobre o comportamento humano, sobretudo o comportamento das mulheres (BRAUNSTEIN, 2007).
Na sociedade ocidental, incluindo o Brasil, o homem ocupava