Trabalho

Corpos Dóceis
Texto de Michel Foucalt Trata das formas que as manipulações que o corpo vem sofrendo com o tempo para se adaptar em uma sociedade. Logo no início do texto o autor, sob um panorama histórico, transcreve as descrições da figura ideal do soldado nos séculos XVII e XVIII. Em ambos os períodos o comportamento do soldado se assemelha muito ao de um robô, completamente disciplinado para fazer aquilo que lhe fosse ordenado (isso ocorreu pelo fato de que, durante a época clássica, teve-se descoberta a arte de o corpo, assim como um objeto, ser disciplinado, manipulado, modelado) Dessa forma, obedecendo, docilmente, às ordens que lhe fossem impostas.

Diz que o dócil e o manipulável é um corpo que pode ser submetido,modificado e aperfeiçoado.
Trata-se, portanto de trabalhar o corpo, instaurando assim uma relação de utilidade- Docilidade. Há, portanto uma relação de dominação global e ilimitada, submetida a um discurso “aceito” por todos, a ideia de todos no hospício terem horas de acordar e dormir relatado no filme, por exemplo.
Que o diga Randle P. McMurphy, personagem principal do filme hollywoodiano "Um Estranho no Ninho", interpretado por Jack Nicholson, que finge loucura para ser transferido de uma prisão rural para um manicômio, afinal "repousar num hospício é melhor que cumprir pena na cadeia, certo?". O personagem irá viver os horrores da disciplina de um hospício, sofrer com uma rotina entorpecente e as punições desumanas, descobrindo que não é bem como ele pensava.
Foucalt explicaria essa questão relacionando-a ao poder que é exercido fora do âmbito do Estado, ou melhor, a um poder específico: o poder disciplinar. Esse poder, descrito por Foucalt, existe em sua forma mais "elementar", especificamente presente em cada instituição. Ele age diretamente sobre os corpos dos indivíduos, regulando suas "atitudes, hábitos, gestos, comportamentos" e é exercido por cada um deles. Esse poder está, porém, intimamente relacionado ao poder vindo do Estado.