Trabalho infantil

O Trabalho infantil já existia no século XVII, embora tenha se agravado na Revolução Industrial, em 1861 na Inglaterra, de acordo com o censo, 37% dos meninos e 21% das meninas entre 10 e 14 anos já trabalhavam. A Inglaterra tinha uma alta taxa de trabalho infantil, devido ao processo de industrialização, encontra-se esses mesmos índices em países como França, Bélgica e Estados Unidos que foram posteriores a Inglaterra no processo de industrialização. De acordo com Tuttle (1999 apud Kassouf, 2007,p.2) que elaborou uma pesquisa sobre a questão, no final do século XIX mais de um terço dos trabalhadores nas indústrias têxteis e mais de um quarto nas minas de carvão eram menores de 18 anos. No Brasil encontramos relatos de trabalho-infantil na época da escravidão, onde filhos de escravos ajudavam seus pais em atividades pesadas, além de suas forças físicas. O processo de industrialização não diferente de outros países atraiu muitas crianças para a indústria.

Em 1890, do total de empregados em estabelecimentos industriais de São Paulo, 15% era formado por crianças e adolescentes. Nesse mesmo ano, o Departamento de Estatística e Arquivo do Estado de São Paulo registrava que um quarto da mão-de-obra empregada no setor têxtil da capital paulista era formada por crianças e adolescentes. Vinte anos depois, esse equivalente já era de 30%. Já em 1919, segundo dados do Departamento Estadual do Trabalho, 37% do total de trabalhadores do setor têxtil eram crianças e jovens e, na capital paulista, esse índice chegava a 40%. (Organização Internacional do Trabalho-OIT, 2001 apud Kassouf, 2007,p.2)

Em 1867, Marx descreveu o advento das máquinas como uma das causas do trabalho infantil, com as máquinas a força muscular diminuía, abrindo grande espaço para mulheres, e crianças e adolescentes em desenvolvimento. Observa também que a máquina reduz o tempo necessário de trabalho, logo o empregador reduz o salário do provedor da família,