Trabalho do Texto Virginius

Conclusão

O advogado ouve Julião e se comove com a questão do réu. Se coloca no lugar de pai, levando em consideração os valores de sua época. Pois o sonho de todo pai era levar a sua filha ao altar pura, isto é, virgem.No entanto, uma moça que fosse desonrada antes do casamento teria de conviver com o preconceito e os olhares atravessados de uma sociedade extremamente patriarcal e machista. Sendo assim o pai teria salvado a filha de passar por esse sofrimento, através da morte. A própria Elisa é questionada pelo pai: "Elisa tens a tua desonra por desgraça?" “Se te faltasse a pureza que recebestes do céu, considerar-te-ias a mais infeliz de todas as mulheres?” Ela diz:”Oh! Meu pai! Sim, sim, meu pai!”
Julião expressou seu pensar pós ação de homicídio: “Oh! Não é isso que me aterroriza. Seja ou não condenado pelos homens, é coisa que monta para mim. Se os juízes não forem pais, não me compreenderão, e então é natural que sigam os ditames da lei. Não matarás, e dos mandamentos eu bem sei...”.
Abaixo há alusão do que foi exposto no primeiro parágrafo para embasamento da conclusão e melhor compreensão da tese.
“Serei seu advogado. Descanse, estou certo de que os juízes reconhecerão as circunstâncias atenuantes do delito”.:
“A acusação limitou-se a referir o depoimento das testemunhas, e quando, terminando o seu discurso, teve de pedir a pena para o réu, o promotor mostrava-se envergonhado de estar trêmulo e comovido”.
“...Quando terminei, dois homens invadiram a sala e abraçaram-me comovidos: o fazendeiro e o meu amigo”.
“Julião foi condenado a dez anos de prisão. Os jurados tinham ouvido a lei, e igualmente, talvez, o coração”.
Logo, pode-se concluir que Julião sofre uma pena reduzida, já que em seu julgamento foi levado em consideração que ele teria salvado sua filha da desonra. Se esse caso ocorre nos dias de hoje, certamente ele teria sofrido uma pena mais branda, considerando que os valores mudaram, não