TRABALHO DE POLITICA

O papel do psicólogo no sistema único de saúde

A reforma sanitária consolidou-se na década de 70, como um dos vários movimentos sociais que faziam parte do regime militar em busca pela democratização do país. Já a reforma psiquiátrica teve seu início em 1978, a partir da crise da DINSAM (Divisão nacional de saúde mental). No ano de 1978, houve a primeira conferência nacional de saúde mental e foi no segundo encontro nacional de saúde mental dos trabalhadores em Bauru, que houve a consigna por uma sociedade sem manicômios e instituíu-se o dia 18 de maio como o dia nacional da luta antimanicomial. Pensando na atuação do psicólogo que era vista de forma social, e tem mostrado os passos da longa caminhada que ainda tem-se pela frente na estruturação desse novo campo de saber. É interessante poder proporcionar uma reflexão sobre a atual constituição das práticas psicológicas, nos serviços de saúde, em especial no nível primário de atenção a saúde. De um lado o SUS que é dever do estado e direito dos cidadãos, como conquista garantida pela lei e pela constituição, de outro lado os processos de produção da subjetividade. Nisso é fundado a psicólogia dicotômica mostrando o individido separado do social. Os principais objetivos do SUS trazem implicitamente a noção do homem como um ser de múltiplas necessidades e não como portador de determinada doença a ser extirpada mediante procedimentos médicos. Os profissionais de saúde pública vêm, atualmente, procurando repensar e reorientar suas práticas. Dentro dessa discussão a questão de promoção da saúde tem lugar central. diferentemente de preveção, as práticas em promoção da saúde não se dirigem a determinada doença mas visam melhorar a qualidade de vida. A Psicologia, enquanto profissão, no Brasil, tem uma história muito recente. Em 1956, foi implantado o primeiro curso de formação de Psicólogo e, desde a sua regulamentação como profissão, tem conquistado e ampliado o seu espaço na Saúde Pública.