Titulo de capitalização e suas vantagens

Ricardo Felinto
As vendas de planos de capitalização, que subiram 19% nos dois primeiros meses do ano, vão continuar embaladas até o fim do ano, aproveitando-se da conjuntura econômica favorável e uma gôndola de produtos para as mais diversas classes sociais. O prognóstico positivo é apresentado pelo Ricardo Athanásio Felinto de Oliveira, diretor da FenaCap.
O senhor concorda que o setor de capitalização acompanhará o forte crescimento prenunciado pela economia brasileira este ano?
O Brasil pode ter em 2010 o maior crescimento econômico dos últimos 24 anos. O relatório Focus do Banco Central, divulgado mais recentemente, projeta uma expansão de 6,5% para o PIB, índice que não se vê desde 1986. Acompanhando um dos melhores momentos da economia brasileira, o setor de títulos de capitalização movimentou R$ 1,6 bilhão nos dois primeiros meses do ano, uma ampliação de 19% em relação ao mesmo período de 2009, indicando um viés de crescimento para este mercado.
Esta taxa de expansão de 19% tende a aumentar nos próximos meses, considerando-se que a economia tem um melhor desempenho no segundo semestre?
Não há dúvida disso. Aliado ao bom desempenho da economia, também se projeta uma sucessão presidencial, sem solução de continuidade das atuais políticas, independente da vitória de qualquer um dos principais candidatos. Além disso, as sociedades de capitalização criaram uma gama de novos produtos, atraindo públicos de todas as classes sociais, inclusive daquelas que desconheciam esse mercado.
Também devemos considerar que, na medida em que os títulos de capitalização (TC’s) são indutores natos de criação de poupança interna, tornam-se fontes de financiamento para desenvolvimento nacional, sem a necessidade de se recorrer a capitais externos, criando-se um círculo virtuoso, onde os elementos se impulsionam reciprocamente.
Ademais, por meio do crescimento dos TCs populares, as classes “C” e “D” estabilizam o avanço social e econômico experimentado nos últimos anos,