Texto A Sociedade A Ucareira 5

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A Sociedade Açucareira

A sociedade que surgiu da economia dos engenhos nos séculos XVI, XVII e XVIII tem características típicas. Rigidamente estratificada, não apresentava mobilidade social. Isso quer dizer que era muito difícil alguém pobre melhorar de vida. Afinal de contas, essa sociedade tinha no topo alguns poucos ricos latifundiários, seguidos de uma fina camada de pessoas abastadas, como os comerciantes, e uma enorme turma de homens livres despossuídos, escravos negros e índios. A vida era basicamente rural. As vilas (cidades) eram poucas e pequenas. Geralmente, não passavam de duas fileiras de casebres, formando uma rua que ia dar num porto exportador de açúcar. As vilas só ficavam mais agitadas nas festas religiosas e nas épocas em que chegavam os navios, quando se faziam negócios. O centro da vida social era mesmo o engenho. Nele, morava a maioria das pessoas. A família do senhor de engenho vivia na casa grande, uma ampla construção de cal e pedra, com quartos enormes e varandões. Já os escravos dormiam amontoados na senzala, espécie de barracão. O senhor de engenho gostava de ostentar riqueza e poder. Cercava-se de escravos domésticos, sua esposa usava vestidos luxuosos e jóias, possuía cavalos e promovia banquetes (na casa grande, a cozinha costumava ser o maior cômodo). Viajantes estrangeiros contavam que a preguiça e a ociosidade dos latifundiários era impressionante. Eles nada faziam, a não ser dormir, comer e gastar. Na sociedade açucareira, o patriarcalismo era muito forte. O senhor de engenho era o todo-poderoso, a quem todos se submetiam: escravos, homens livres agregados, o padre da capela, a família. Somente o filho mais velho herdava a propriedade, o que significava que, com a morte do pai, ele seria o senhor de engenho, mandando inclusive nos irmãos. Os filhos não podiam falar sem permissão do pai, e a esposa devia ficar quieta. A situação da mulher, nesse tipo de sociedade,

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