Tese 1 Corpo

1. INTRODUÇÃO

O homem desde a sua origem na Terra convive com a existência de fenômenos naturais e elementos celestes que ele procurava saber a origem, porque certos corpos brilham no céu, de onde vem a luz, que regime governava o dia e a noite, ou seja, decifrar o espetáculo da terra onde ele pisava e o entorno gasoso da terra, a vida que nela nascia e se estabelecia; enfim a vida e a morte, sempre estiveram entre as preocupações do homem, talvez como a mais importante e desafiadora de todas elas.
Entretanto, explicar aquela ambiência física, química e biológica, era explicar a própria origem humana. Assim a filosofia foi o recurso que os antigos tiveram na ajuda ao pensamento humano que elaborava e reelaborava indagações a cada tempo que uma descoberta se fazia. Assim, a filosofia como ramo do saber abarcou desde o início as explicações procuradas.
Tanto é, que a expressão philosophia naturalis1 foi usada por Sêneca, filósofo romano, no ano 62 da era cristã, muito embora, isto não significasse que as especulações sobre a natureza, seus corpos e fenômenos, tenham começado naquele ano, pois há relatos de cinco séculos antes.
Contudo, para a era cristã, a Bíblia é o livro mais antigo, sendo exatamente em um de seus livros, o Livro do Gênesis que se depreende a origem da terra como um enquadramento “criacionista”, muitos séculos depois aprimorado pelos teólogos, mas também negado por outros filósofos como os atomistas que com Epicuro, filósofo grego nascido em 342 DC, rompem com o “criacionismo” e propõem pela primeira vez uma explicação evolucionista, longos séculos depois usada, demonstrada e aperfeiçoada (MARX, 1841; DARWIN, 1877).

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1 Termo introduzido pelos antigos gregos para indicar o estudo objetivo da natureza e do universo físico e que foi usado até o desenvolvimento da ciência moderna.
Tomando-se assim as evoluções explicativas dos pensamentos de Sêneca e Epicuro, apresentam-se então quatro momentos paradigmáticos na evolução das