Teorias da marginalidade por Dermeval Saviani
TEORIAS QUE NÃO EXPLICAM/RESOLVEM O PROBLEMA DA MARGINALIDADE, SEGUNDO DERMEVAL SAVIANI
Ainda hoje é possível encontrar alunos de escolas primárias em condições de semianalfabetismo ou de analfabetismo potencial, além de um grande contingente de crianças em idade escolar que não têm acesso à escola e que por isso, já se encontram marginalizadas dela. Dermeval Saviani classifica em dois grupos como as teorias da educação se posicionam diante desta situação. No primeiro grupo, as teorias entendem a educação como um meio de superação da marginalidade e a sociedade como essencialmente harmoniosa. A marginalidade é entendida aqui como um acidente que afeta individualmente uma parcela de seus membros, constitui portanto um desvio que pode e deve ser corrigido. A educação emerge neste ponto como instrumento de correção desses desvios/distorções, tendo como função a superação da marginalidade. Este primeiro grupo é denominado por Saviani de “teorias não-críticas” por possuir uma visão ingênua da realidade e entender a educação como autônoma. No segundo grupo classificado por Saviani, as teorias entendem a educação como um instrumento de discriminação social, portanto, um fator de marginalização, que por sua vez é inseparável à própria estrutura da sociedade. Aqui a educação reforça a dominação e legitima a marginalização cultural e escolar. Este segundo grupo é denominado pelo autor de “teorias crítico-reprodutivistas”, uma vez que procuram analisar a educação, que por sua vez, é a reprodução da sociedade. Após a classificação das teorias, passaremos a entender adiante porque as teorias não-críticas e crítico-reprodutivistas, sedundo Dermeval Saniani, não conseguem resolver o problema da marginalidade.
TEORIAS NÃO-CRÍTICAS Pretendem resolver o problema da marginalidade com uma visão ingênua da realidade e por meio da escola e englobam a pedagogia tradicional, pedagogia nova e pedagogia tecnicista.
A pedagogia tradicional Sua