Teoria de acusação caso dos exploradores de cavernas

Não tenho dúvidas sobre a complexidade do caso em questão e, por conta disto, faço minhas considerações tentando separar cada ponto chave para facilitar a análise. Os quatro acusados relataram em seus depoimentos que, embora escassos, ainda existiam víveres para que subsistissem. Relataram, também, ter sido celebrado um contrato verbal entre os envolvidos no intuito de que fizessem um sorteio e, ao final deste, o perdedor seria sacrificado para que servisse de alimento para a sobrevivência dos demais ou, para que ao menos fosse possível ter uma expectativa de sobrevivência já que, naquele momento, não se tinha certeza de tal.
Segundo o responsável pelo corpo médico, presente no grupo de resgate, a chance de sobrevivência dos enclausurados com os víveres restantes, pelo tempo necessário para a conclusão dos trabalhos de remoção deles de sua prisão subterrânea, era mínima, mas, existia. Partindo desta premissa, concluo que o expediente adotado pelos acusados foi, além de odioso, precipitado.
Outro ponto deste caso obscuro é a celebração de um contrato de forma verbal entre os acusados e a vítima. Quando foi relatado pelos acusados sobre as formas de elaboração, feitura e execução do contrato fiquei deveras abismado com a forma fria com que estavam lidando com a vida da vítima de suas próprias. Conceber que um lanço de dados decida sobre a vida e morte de um ser humano me parece no mínimo insano.

Chegando neste ponto podemos questionar sobre a validade e legitimação do contrato firmado entre as partes. Qual a validade de um contrato celebrado em meio á um violento turbilhão de emoções e fortes traumas psicológicos? Qual a legitimação do contrato? Qual cláusula deste contrato absurdo proíbe a desistência de uma das partes? Que poderes esse contrato dá aos contratantes de executá-lo independentemente da vontade do que dele desiste sob acusação de descumprimento do contrato e falta de honra? Onde estava escrito que os outros contratantes poderiam proceder ao