teoria das elites

Este trabalho tem por propósito analisar criticamente as obras ‘Poliarquia’, de Robert Dahl, e “Capitalismo, Democracia e Sociedade” de Joseph Schumpeter com o intuito de analisar a importância destes dois autores na crítica que estabeleceram à chamada Teoria Elitista. Para tanto, será apresentado previamente uma síntese destas obras, com o objetivo de fomentar a discussão e análise.
Dentre os principais pressupostos da Teoria das Elites, podemos destacar a distinção feita por esta entre uma minoria que detêm o poder e uma maioria que é dirigida. A teoria das elites surge como uma alternativa à Teoria de Classes, desenvolvida essencialmente por Karl Marx. Esta percepção, traz uma nova contribuição à Teoria da Democracia, e possui em Gaetano Mosca,Vilfredo Pareto e Robert Michels, seus principais autores, e mais tardiamente Robert Dahl e Joseph Schumpeter como seus críticos mais contundentes.
Em sua obra “Elementi di scienza politica” de 1896, Gaetano Mosca faz sua clássica formulação sobre a teoria das elites, a partir da qual identifica que em todas as sociedades, há a existência de governantes e governados. Os primeiros, são formados por uma minoria, monopolizam o poder e suas vantagens. Trata-se de uma classe dirigente, organizada, homogênea e solidária entre si, a qual se perpetua no poder por direito ou hereditariedade.

Já os governados, são numerosos e desarticulados, de forma que não conseguem organizar seus interesses e alcançar o poder. Eles são regidos pelos governantes de forma arbitrária e muitas vezes violenta. Para Mosca, a dominação da classe dirigente, pode ocorrer tanto em regimes democráticos quanto autoritários.

Outro importante autor que trata sobre a Teoria Elitista é Vilfredo Pareto, na obra "Tratado de Sociologia Geral" (1916). Ao desenvolver sua teoria, o autor aborda as diversas classes de elites, principalmente as elites políticas e econômicas, consideradas por ele as mais dominantes.

Em sua teoria, elite não se