Tecnologias emergentes na área da saúde
1 INTRODUÇÃO
Há muitas perspectivas e muita esperança na nova tecnologia. Há resultados concretos e muito trabalho importante em andamento, bem como avanços fantásticos em todas as áreas. Contudo, é preciso tomar cuidado com o que significa ter equipamentos e prestar serviços à saúde, usando novas tecnologias . Onde estão os benefícios e onde estão os problemas?
Não é difícil imaginar os incríveis benefícios da miniaturização dos equipamentos de diagnóstico. Trouxemos para esta edição as ideias recentes a respeito dos equipamentos para análise. A forte tendência do lab-on-a-chip com tecnologia de microfabricação e, de modo geral, de miniaturização deverá inundar o mercado nos próximos anos. Há inclusive possibilidades de uma contribuição concreta do Brasil nessa área, podendo-se concluir que haverá mudança cultural para toda a comunidade envolvida com equipamentos analíticos médico-hospitalares: operador de equipamento, pessoal de manutenção, pessoal que especifica a instrumentação e gestores de sistemas de saúde, dado que a inovação exigirá novas abordagens para a incorporação, utilização e desativação dos equipamentos.
O grande problema é que não se estabelece uma clara exceção quando se trata de equipamentos destinados à promoção da saúde. Quem vive hoje sem as mais variadas tecnologias? Contudo, do esfigmomanômetro usado rotineiramente para aferição da pressão arterial aos complexos equipamentos de ressonância nuclear magnética, todos apresentam os mesmos problemas: como adquiri-los, como mantê-los, como utilizá-los de modo correto e seguro, quando atualizá-los ou desativá-los. A existência do equipamento em um ambiente inadequado, com manutenção deficiente, instalado de modo precário ou usado por profissionais indevidamente treinados pode revelar-se catastrófica. Como vem sendo constantemente revelado pela mídia, muitos perigos (fontes potenciais de danos) relacionados aos equipamentos médicos derivam do