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O prazer de ler é resultado de estímulos constantes, que aos poucos se torna uma questão de gosto, de escolha pessoal, de atitude. Para chegar a essa escolha é necessário ter acesso ao livro, depois vem o entendimento de que se trata de uma janela por onde acessamos séculos de conhecimento; é brinquedo que não acaba, é viajar sem sair do lugar, é o mundo na ponta dos dedos que se descortina num virar de página. A leitura é um meio de expressão, e ao ler, exercitamos todos os nossos sentidos, na qual a mesma exige empenho, atuação, persistência, vitória sobre os desafios. Então ler é conhecer e reconhecer-se, não só no sentido de acumular informações, mas de integrar-se à realidade do mundo e da interioridade. Investir em ações que promovam o livro é investir na formação de cidadãos, é contribuir para a construção de um país mais justo. Não há como discordar de Monteiro Lobato: "Um país se faz com homens e livros".
A escola, mesmo que realize um trabalho competente de formação não conseguirá consolidar o leitor sem o respaldo da sociedade que o sustenta. (A sociedade somos todos nós). Pesquisas comprovam que na contramão da história, hoje, são as crianças que leem ou contam histórias aos adultos. A família, embora se posicione a favor, muitas vezes não lê e interfere negativamente no trabalho de formação do leitor (critica a leitura das crianças, não dá o devido valor ao livro), ao prestigiar formas de lazer que, pensa ela, trazem maior prazer do que a leitura. Deve-se levar em consideração que é através das histórias que a criança projeta o seu próprio mundo e, ao representá-las, ela encontra maneiras de expressar os seus sentimentos e suas angústias. Segundo Jean Foucambert, "Ler é questionar o mundo e ser questionado por ele". Portanto, somos todos responsáveis pela leitura, como somos responsáveis pelo