Subprodutos da evolução do parasitismo

1416 palavras 6 páginas
Conforme as tênias se mudavam para novos hospedeiros, elas tinham que encontrar novas formas de viver dentro deles. Elas tiveram que se adaptar à novas geografias intestinais; as tênias que começaram vivendo dentro de ratos tropeçaram em novas formas de obter besouros da farinha dentro das mandíbulas do seu hospedeiro final. Reconstruir a ascensão dessas adaptações é um trabalho traiçoeiro, porque estórias com sonoridade sensível sobre evolução são fáceis de inventar. Você vê caudas longas em uma andorinha e decreta que elas devem ter evoluído para deixar a ave manobrar mais precisamente, mas outra pessoa olha para elas e diz que elas evoluíram dessa forma porque fêmeas de andorinha acham que são atraentes em machos. Ou talvez, nenhuma adaptação esteja envolvida – talvez a maioria das andorinhas que por acaso estabeleceram essa espécie apena tinham caudas longas, e isso vem sendo dessa forma desde então.
Considere a jornada do nematódeo Strongylus. Em uma espécie, por exemplo, a Strongylus vulgaris, a larva se arrasta para o topo de uma lâmina de grama, e se põe a esperar um cavalo que paste. Uma vez engolido, o verme começa uma longa e aparentemente inútil jornada. Ele viaja garganta abaixo, até o estômago do cavalo, e passa para o intestino. De lá, ele mastiga a parede, e sai para a cavidade abdominal do cavalo, e vagueia por suas artérias por semanas, até atingir a maturidade. Logo a seguir, ele retorna para o intestino, cava o seu caminho de volta, e passa o resto da sua vida lá.
Por que um parasita deveria deixar o intestino, para apenas retornar para o resto de sua vida? Suzanne Sukhdeo especificou isso através dos parentes próximos de Strongylus, e ela chegou a uma hipótese de trabalho para como essa peregrinação vem a ser. O ancestral desses nematódeos no solo viveu há mais de 400 milhões de anos atrás, passando os seus dias cavando e se alimentando de bactérias, amebas e outros seres microscópicos (assim como muitos milhares de espécies de nematódeos

Relacionados

  • Relações Ecológicas e Dinâmicas de Populações
    2482 palavras | 10 páginas
  • Estudo Dirigido 1a Zoo Invert I 2015B
    1922 palavras | 8 páginas
  • higiene e profilaxia animal
    5625 palavras | 23 páginas
  • Ecologia
    4087 palavras | 17 páginas
  • biologia
    19446 palavras | 78 páginas
  • Agentes Etiologicos
    1650 palavras | 7 páginas
  • RELAÇÕES DE PARENTESCO ENTRE AS ESPÉCIES EXISTENTES
    2406 palavras | 10 páginas
  • DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DO PARASITISMO DE Cotesia flavipes (CAMERON, 1891) (HYMENOPTERA: BRACONIDAE) EM CANA-DE-AÇÚCAR.
    13429 palavras | 54 páginas
  • Bióloga
    9564 palavras | 39 páginas
  • Tradutora Professora
    6595 palavras | 27 páginas