Soigah

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Bóias- frias
A associação do setor agropecuário ao industrial, orientado por medidas e políticas com vistas a um aumento da produção e atento às necessidades do mercado interno e externo, a partir da década de 60, legou ao trabalhador rural a herança da exclusão social e política, transfigurada em modernização agrícola. Dessa forma, o Estado, para não obstaculizar o crescimento da economia, implementa ações que resultam no desenvolvimento de relações capitalistas no campo.

O termo boia-fria pode possuir vários significados que variam de acordo com a abordagem. As pessoas que recebem esse nome vivem ou já viveram no campo, quase sempre tiveram poucos anos de estudo e não possuem qualificação profissional.

Muitas dessas pessoas são analfabetas ou semianalfabetas que se sujeitam ao trabalho no campo em diversas culturas, quase sempre em períodos de colheitas, geralmente em baixas condições de trabalho e salarial. O termo boia-fria designa um indivíduo que executa um trabalho na zona rural sem a obtenção de vínculos empregatícios.

A expressão boia-fria é proveniente do modo como eles se alimentam, pois saem para o trabalho de madrugada e já levam suas marmitas, como não existem meios para esquentá-las, ingerem a comida fria.

O termo boia-fria foi difundido no centro-sul do país, quando trabalhadores sazonais eram chamados para trabalhar em colheitas, esses geralmente viviam, e ainda vivem, em áreas periféricas dos municípios e os atravessadores são os responsáveis pelo recrutamento.

O boia-fria dirige-se para o trabalho entre quatro e cinco horas da manhã, momento em que o caminhão passa para transportá-los até a plantação, o motorista do transporte executa a negociação, quanto ao valor pago pelo trabalho, pois cada indivíduo ganha por aquilo que produz, ou seja, o valor é resultado da quantidade de toneladas ou arrobas colhidas.

A carga horária varia entre dez e doze horas diárias e somente trinta minutos para o almoço e esse, como foi dito

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