Sofrimento psiquico

818 palavras 4 páginas
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SOFRIMENTO PSÍQUICO EM DEJOURS
Karina Milanesi 1
Neusa Collet 2
Cláudia Silveira Viera e Beatriz Rosana Gonçalves de Oliveira 3

A Psicopatologia do Trabalho tem discutido questões relacionadas à relação prazer sofrimento e trabalho envolvendo os processos psicossociais que interferem nos indivíduos e nas organizações. Tem Christophe Dejours como expoente da Escola francesa na abordagem das questões que dizem respeito à organização do trabalho e seus impactos sobre a saúde mental do trabalhador. Esse referencial subsidia a discussão de como fazem os trabalhadores para resistir aos ataques ao seu funcionamento psíquico provocados pelo seu trabalho e o que fazem para não ficar loucos. Salientamos que o intuito não é estudar as doenças mentais descompensadas ou os trabalhadores por elas atingidos, mas sim os trabalhadores “reais” e “normais” que estão nas organizações e são submetidos a pressões no seu dia-a- dia. Portanto, o objeto de estudo não é a loucura, mas o sofrimento no trabalho, a saber, um estado compatível com a normalidade, mas que implica numa série de mecanismos de regulação (FERREIRA, 1992, p. 9). Para Dejours a noção de sofrimento é central e implica um estado de luta do sujeito contra as forças que estão empurrando em direção à doença mental. Por outro lado, o autor afirma que é na organização do trabalho que se deve procurar essas forças. Entende por organização do trabalho não só a divisão do trabalho, isto é, a divisão de tarefas entre os operadores, os ritmos impostos e os modos operatórios prescritos, mas também, e sobretudo, a divisão de tarefas, representada pelas hierarquias, as repartições de responsabilidade e os sistemas de controle (DEJOURS, 1992). Ao instalar-se o conflito entre a organização do trabalho e o funcionamento psíquico dos homens, quando estão bloqueadas todas as possibilidades de adaptação entre a organização do trabalho e desejo dos sujeitos, emerge o sofrimento patogênico (DEJOURS, 1992,

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