Soberania e disciplina, cap. XII - Microfísica do Poder - Michel Foucault (Resenha)

997 palavras 4 páginas
Universidade Federal do Vale do São Francisco - UNIVASF

Bases Sociológicas da Psicologia
Professora: Paula Galrão
Aluno: Olivanildo Frazão

Soberania e disciplina, cap. XII - Microfísica do Poder - Michel Foucault

Foucalt faz uma investigação de que forma o Direito delimita o poder e de que forma a sua verdade é reproduzida, entrelaçando um triângulo entre poder, direito e verdade. Para Foucalt não há poder sem deslocamento, é preciso que haja circulação para que ele aconteça. O poder, na sua visão, se constitui de uma forma dialética, onde somos obrigados a produzir verdade pois ele nos inquieta e acabamos condenados a viver de um determinado modo.
Na Idade Média, especificamente no Ocidente, as leis giravam em torno do poder real, tudo era concentrado unicamente no rei, ele era o ícone ímpar no edifício jurídico, nesse período o grande problema do direito era a soberania, onde ele se organizava. Foucalt pensa e investiga o poder de uma forma inversa, ele busca a dominação no seu íntimo e de que forma geral esse poder é disseminado, não só se remetendo às leis e sim no conjunto de aparelhos, instituições e regulamentos, que não se tratam de atos de soberania e sim de dominação. Nesse ponto Foucalt dialoga diretamente, se contrapondo, com a concepção Marxista de poder, para Marx o poder está concentrado no Estado e é executado de "cima para baixo", de uma forma soberana (assim como na Idade Média, no sistema feudal) e impositiva por meio da ideologia, vale ressaltar que na visão Marxista os sujeitos em sociedade são passivos e só o Estado, como já dito, detém todo o poder.
Essa dominação global, concebida por Marx, não é considerada por Foucalt, dominação para ele não se trata da dominação de um grupo para outros e sim de variadas formas de dominação que podem se executar na sociedade, contudo, não se trata do rei em sua soberania central e sim dissolvida no meio social, nas suas relações internas, lembrando que ele não descarta o direito como sendo o

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