Sistemas de saúde
A atual situação de saúde é extremamente complexa, caracterizada por fatores que englobam: transição demográfica acelerada, tripla carga de doenças envolvendo doenças infecciosas, causas externas e uma forte predominância de condições crônicas. Segundo Vilaça (2009), o sistema de atenção à saúde tem sido organizado, especialmente a partir da segunda metade do século XX, aqui e alhures, com base em respostas sociais voltadas prioritariamente para as condições agudas e para as agudizações das condições crônicas e de forma fragmentada. A Organização Mundial da Saúde (OMS) adverte:
Os sistemas de saúde predominantes em todo mundo estão falhando, pois não estão conseguindo acompanhar a tendência de declínios dos problemas agudos e de ascenção das condições crônicas. Quando os problemas de saúde são crônicos, o modelo de tratamento agudo não funciona.
Instituido pela Lei Orgânica da Saúde em 1990, o Sistema Único de Saúde passa por mudanças significativas como a descentralização das responsabilidades, das atribuições e dos recursos para estados e municípios. Medidas que objetivam construir um modelo de atenção à saúde que seja coerente com a condição de saúde predominante no país. Desta forma, a gestão do SUS traça, nas três esferas
governamentais, uma rede de interação permanente cujo o eixo fundamental é a garantia do serviço de saúde. Enfrentar e resolver os problemas de saúde de uma coletividade é um desafio. O modelo de atenção à saúde vigente fundamentado nas ações curativas, centrado no cuidado médico e estruturado com ações e