SISTEMA DE ESCRITA ALFAB TICA
(Artur Gomes de Morais)
Resenha: Araci Ap. C. B. Novo
Introdução:
O autor relata sobre sua vida profissional e experiências com a alfabetização. Neste percurso afirma que continua achando que as teorias do tipo construtivista são mais satisfatórias para explicar os processos de aprendizado da língua escrita e de sua notação, porque quando assumem uma perspectiva psicogenética, têm uma preocupação singular, bem piagetiana: desvendar de onde surgem os novos conhecimentos do aluno, preenchida pelo exterior.
Segundo o autor, sabemos que as concepções de alfabetização e de estar alfabetizado são históricas e variam ao longo do tempo. No meio do caminho, vivemos o que a professora Magda Soares denominou “desinvenção” da alfabetização. Com o que o autor denomina “ Hegemonia do discurso do letramento”, muitos educadores – e, inclusive, alguns estudiosos do campo da alfabetização – passaram a defender que não seria necessário ensinar, sistematicamente, a escrita alfabética, porque os alunos a aprenderiam de forma natural e espontânea, bastando para isso que vivenciassem, diariamente, na escola situações em que lessem e produzissem textos do mundo extraescolar. A metodologia de orientação construtivista, que o autor defende, pressupõe que a escrita é um sistema notacional, e não um código, e que, como nos ensinaram Emilia Ferreiro e Ana Teberosky, seu aprendizado envolve um complexo trabalho conceitual, que é completamente desconsiderado pelos tais métodos tradicionais de alfabetização. O autor entende que cada criança reconstrói em sua mente o sistema alfabético e prefere falar em reconstrução, porque não se trata de inventar ou construir um novo sistema. O autor não usa as expressões descobrir e descoberta, porque estão muito vinculadas a certas ortodoxias, segundo as quais o aluno “tem que descobrir tudo sozinho” e o professor não deve prover informações que o aluno pode descobrir por conta própria.
Para o autor é