Semana da arte moderna

Semana da arte moderna - Fevereiro de 1922, em São Paulo. A semana da arte moderna ocorreu em um período de grandes turbulências políticas, sociais, econômicas e culturais, foi recebida com muito preconceito, pois chocava o mundo com as novas linguagens desprovidas de regras e não foi bem entendida na sua época. O capitalismo crescia no Brasil, consolidando a república e a elite paulista, que era fortemente influenciada pela cultura européia. Foi um evento formador do modernismo brasileiro, representou a renovação da linguagem, trazendo novas tendências artísticas, uma busca, através da experimentação, da real cultura brasileira que até então era fortemente influenciada pelos padrões europeus e não continha nada de original, nada de novo. Podemos dizer que esse evento marcou um corte do cordão umbilical Brasil-europa, onde cada artista participante trouxe a tona sua espontaneidade e originalidade. Originalidade que não foi bem aceita pela elite paulista da época que se sentiu violentada em sua sensibilidade e criticou duramente o evento. Manuel Bandeira e seu “sapo cururu na beira do rio”, foi vaiado aos gritos, os quadros de Anita Malffati foram destruídos a bengaladas por Monteiro Lobato,Villa Lobos confundindo a platéia ao se apresentar com um pé de sapato e o outro de chinelo, no fim disse que era apenas um calo inflamado. Esses foram exemplos da má aceitação do evento que tinha por objetivo nos trazer as raízes da nossa cultura. Mesmo que a semana da arte moderna não tenha feito sucesso na sua época, ela serviu de base e inspiração para outros movimentos no futuro e foi acolhida por outros artistas de diferentes estados como Carlos Drummond de Andrade, Mario Quintana, entre outros. Dia 31/10, seria comemorado mais um ano de aniversário de Carlos Drummond de Andrade, um poeta que servirá como ponte para o próximo texto: O homem cordial. Drummond ou apenas Carlos, era um autor moderno que por ora se apega a valores