santa rita durão
José de Santa Rita Durão nasceu em Cata-Preta, Minas Gerais em 1722 poeta clérigo e teólogo. Filho de Paulo Rodrigues Durão e Anna Garcês de Morais. Deixa o Brasil em 1731 para estudar em Lisboa, onde ingressa, em 1737, na Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, cuja regra professa no ano seguinte. Em Coimbra, estuda Teologia e Filosofia por sete anos, após o que se torna presbítero. Leciona Teologia em Braga, por cinco anos, e depois em Coimbra, onde também conclui doutoramento em 1756. Em 1759, escreve textos assinados pelo bispo de Leiria, D. João Cosme da Cunha (1715 - 1783), acusando os jesuítas do recente atentado contra o rei D. José I (1714 - 1777), a fim de promover aproximação com o ministro Sebastião José de Carvalho e Melo, futuro Marquês de Pombal (1699 - 1782). Pouco depois, apesar dos serviços prestados, se indispõe com o bispo e, após dois anos de perseguição no ambiente eclesiástico, foge de Portugal. Sofre várias adversidades nas cidades por que passa até ser recebido, em 1764, pelo Papa Clemente XIII e lhe entregar documentos que expõem a intriga contra os jesuítas e seu arrependimento. Em Roma, trabalha na biblioteca Lancisiana e depois atua como sacerdote na Congregação dos Passionistas. Volta a Portugal após a morte de D. José I, em 1777, e ocupa cadeira de Teologia em Coimbra. Em 1781, publica o poema épico Caramuru, mas se frustra com a sua recepção no ambiente literário.
OBRA
CARAMURU
Seu trabalho mais conhecido é o Caramuru (1781), cujo subtítulo, Poema épico do descobrimento da Bahia, remonta ao tempo em que os primeiros europeus chegaram ao Brasil e travaram contato com os nativos.
Caramuru é o nome dado ao português Diogo Álvares Correia que passa a viver entre os índios Tupinambás após sobreviver a um naufrágio no litoral baiano. Considerado um herói "cultural", que ensina as leis e as virtudes aos "bárbaros" que aqui viviam, ganha o respeito dos índios ao disparar uma arma de fogo. Os índios,