Samuel

Ao longo dos séculos que vão do início da romanização até o concílio Tours, houve revelações da divergência entre os falares usuais e a norma latina padrão. Fonta significativa, sempre citada e utilizada pelos romanistas é o Appendix Probi, da data incerta de elaboração, mas não anterior a 568 d. C. Ai são amolados duzentos e vinte e sete palavras como eram então faladas na região da Lombardia durante o início da Idade Média. Sendo corrigidas conforme a norma do latim literário. Preocupações como a do Appendix, que demostram a existência de formas ‘incultas’ ’de palavras e construções. Podiam ser encontradas em gramáticos romanos do século III a.C. até o início do século IX, como o historiador Lombardo Paulo Diácono. Só no início do século XVII, entretanto. Foi que a língua do povo, uma língua vulgar, como provável matriz das línguas românicas modernas, tornou-se objetos de reflexões sistemáticos. Mas o que teria sido esse latim vulgar? Em primeiro lugar, podemos dele falar com a mesma segurança que usamos para tratar do latim escrito de Cicero e de César ? Certamente que não muitas são as lacunas e as dúvidas. O latim vulgar foi o latim falado de diversas formas do momento. Na verdade, trata-se do baixo latim, que representa uma fase da língua escrita que agora, como que se democratizará deslocando regras que, pareciam imutáveis e assumindo certas realizações da fala. Contudo o que aqui chamamos latim vulgar sempre foram falado e continuaria a sê-lo ainda durante algum tempo. Sem dúvida o exercito romano eram os primeiros a entrar em contato com os povos que seriam anexados ao Império e com eles ficavam na subsequente ocupação, este exército vinha, em geral, composto de seis mil soldados advindos dos mais variados lugares da província, dentre a plebe, e que faziam uso da variante vulgar do latim. Com a expansão do Império, passou a ser obrigatório, a partir de 89 a.C., o serviço militar a todo cidadão Itálico. Porém, no período áureo do Império. Já