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C A P Í T U L O X I I I

“A Velha Ordem Mudou...”

O governo francês do século XVIII cobrava impostos dos pobres mas não cobrava dos ricos. Nesse cenário, o Ministro das Fianças, Turgot, em 1776 tentou colocar em pratica algumas reformas do sistema fiscal. Porém os privilegiados não estavam de acordo com isso. As classes privilegiadas eram compostas por clero e nobreza. Nomeadas de Primeiro Estado e Segundo Estado, respectivamente. Já a classe sem privilégios era o povo, que tinha o nome de Terceiro Estado. Na França, essa classe, representava 95% da população. O dinheiro era gasto de forma extravagante, sem sistema e corrupta pelo governo da França. Dessa forma, parece não haver modificações desde o sistema feudal do século XI até o período descrito. Mas houve mudanças, dos 22 milhões de camponeses da França na época de 1700, apenas 1 milhão era de servos, no sentido antigo. Os outros se haviam elevado na escala, desde a servidão até a liberdade completa. Porém isso não significa que as velhas taxas e serviços feudais tivessem desaparecido. Algumas foram-se, mas outras continuavam. Os camponeses encontram na nascente classe média auxílio e liderança para se libertarem totalmente das regulamentações feudais. Estes queriam e precisavam lançar fora o jugo da lei feudal em uma sociedade que já não era feudal. A chance de mudar chegou, a França estava em tamanho caos que já não era possível as coisas continuarem como antes. Teremos assim a Revolução Francesa. Todos os membros do Terceiro Estado estavam buscando “ser alguma coisa” mas foi principalmente a burguesia que conseguiu o que queria. Depois que a Revolução acabou, foi a burguesia quem ficou com o poder político na França. O exame do Código Napoleônico deixa isso bem claro. Destinava-se evidentemente a proteger a propriedade — não a feudal, mas a burguesa. No ano de 1789 a Revolução Francesa deu o golpe mortal no feudalismo, por isso pode ser