Rosa Purpura
Sinopse:
Durante a depressão dos anos 30 do século XX, Cecilia (Mia Farrow) é uma mulher de New Jersey, insatisfeita no seu casamento com um marido (Danny Aiello) desempregado, que a ignora, que bebe e lhe bate. Refugia-se por isso no único lugar onde pode sonhar com uma vida diferente: a sala de cinema. Aí Cecilia assiste repetidamente aos mesmos filmes, até um dia um dos personagens do filme “The Purple Rose of Cairo” reparar nisso e sair da tela para conversar com ela.
A notícia de que um personagem (Jeff Daniels) deixou o filme vai perturbar os espectadores, o dono do cinema, os produtores de Hollywood, e o próprio actor que lhe dá vida (novamente Jeff Daniels), e até os personagens de “The Purple Rose of Cairo” que ficam no ecrã sem saber o que fazer.
Cecilia, envolta nesse turbilhão terá que escolher entre uma vida perfeita, oferecida por um personagem de ficção, ou a realidade que já conhece e é demasiado imperfeita.
Análise:
“A Rosa Púrpura do Cairo” é um filme diferente na carreira de Woody Allen. Ao não ser interpretado pelo próprio, o ritmo, os diálogos e a temática ganham novas direcções, espraiando-se para fora das neuroses típicas do autor. Mais que qualquer outro dos seus filmes, “A Rosa Púrpura do Cairo” é um conto de fadas nos tempos modernos, e se a fantasia já roçara a obra do autor noutras ocasiões (“Zelig” sendo o exemplo mais evidente), é aqui que ela