Rio Branco e a diplomacia brasileira

2290 palavras 10 páginas
Barão de Rio Branco e a política diplomática brasileira

José Maria da Silva Paranhos Júnior, homem conhecido como Barão do Rio Branco, era um carioca nascido em 1845 que tinha como paixão as ciências humanas. Filho do Visconde do Rio Branco, o renomado diplomata brasileiro foi também advogado, geógrafo e historiador. O diplomata exercia sua carreira em Liverpool como cônsul geral quando foi nomeado por Floriano Peixoto para substituir o Barão de Aguiar de Andrade que veio a falecer em 1893 no desdobrar da Questão de Palmas.
A Questão de Palmas – também conhecida como Questão das Missões – tratou-se de uma disputa de território entre o governo brasileiro e o argentino. A argentina defendia o pertencimento das regiões que hoje em dia constituem Santa Catarina e o Paraná. Ambas as chancelarias concordaram que a disputa do território deveria ser solucionada por arbitramento. A questão, por concordância de ambas as nações, foi decidida pelo presidente dos Estados Unidos, Grover Cleveland. Rio Branco jamais duvidou que a decisão fosse pelo direito brasileiro, como evidencia o próprio Barão em uma carta que escreveu para o ministro das Relações Exteriores, Antônio Francisco de Paula em maio de 1893:

Tenho a mais profunda convicção de que nenhum árbitro imparcial poderia resolver contra nós esse litígio, lendo a nossa exposição que deve ser escrita com a precisa clareza e acompanhada de mapas; e por isso, nenhuma inquietação sinto quanto à sentença que há de proferir o presidente Cleveland, apesar de terem alguns brasileiros, por mal-informados, posto em dúvida o nosso bom direito, e outros complicado a questão discutindo-a pela imprensa na mais louvável das intenções, mas incorrendo em erros e fornecendo inconscientemente armas aos nossos adversários.1

Após ouvir as exposições de ambos os lados, o presidente Cleveland2, produziu um laudo favorável ao argumento brasileiro. A vitória da exposição brasileira apresentada pelo confiante Rio Branco provou sua

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