Revolução industrial

Revolução Industrial

A primeira Revolução Industrial inaugurou uma nova etapa no processo de produção e distribuição de mercadorias e serviços. O que antes era feito à mão, de maneira artesanal, passou a ser fabricado com o auxílio de máquinas movidas com a energia a vapor. A arte e a técnica do trabalho manual foram substituídas pelas máquinas, mais precisas, rápidas e capazes de produzir em série, ou seja, produzir várias peças iguais em um curto intervalo de tempo. Os meios de transporte também evoluíram com o emprego da energia a vapor, agilizando o deslocamento das pessoas e a circulação das mercadorias. Essas inovações apareceram primeiramente na Inglaterra, sendo depois adotadas por outros países da Europa e da América. A Inglaterra, em meados do século XVIII, apresentava diversas condições favoráveis ao desenvolvimento das fábricas. Além de ter acumulado capitais ao longo dos séculos, por meio do tráfico de escravos, ataques corsários e empréstimos de dinheiro a juros, o país apresentava grandes reservas de ferro e carvão (respectivamente matérias-primas essenciais para a construção de máquinas e obtenção de energia, a partir do vapor, para movimentá-las), o transporte fluvial e marítimo era favorecido pela existência de portos naturais e rios navegáveis que interligavam as diversas regiões produtoras inglesas. Além dessas condições naturais, algumas políticas adotadas a partir do século XVI modificaram radicalmente a situação no campo. A agricultura familiar, praticada em numerosos pequenos lotes independentes, foi desaparecendo, enquanto campos livres ou comuns, localizados nas comunidades rurais, foram cercados, dando origem a propriedades particulares (processo conhecido como cercamento). Muitos desses novos proprietários se dedicaram à prática de uma agricultura mais produtiva, usando novos instrumentos e novas técnicas. Na maior parte dessas propriedades, entretanto, foi feita a criação de carneiros, visando à produção de lã para