Revolução industrial

Revolução Industrial – nome dado à transformação do mundo moderno, que se produziu a partir do séc. XVIII e durante o séc. XIX. A Revolução Industrial se caracterizou inicialmente pelo desenvolvimento da técnica da produção industrial e das comunicações. Posteriormente, seus desdobramentos alcançaram todas as áreas da sociedade, provocando alterações estruturais na Europa e nas regiões a ela relacionadas. Foi na Grã-Bretanha que esse fenômeno se manifestou de início, nos anos entre 1750 e 1830, para, em seguida, ganhar os outros países, alguns somente no séc. XX. O intercâmbio com outros países impôs, não sem reações, por vezes violentas, dos operários, o desenvolvimento considerável do maquinismo, tanto na produção dos têxteis quanto nos outros ramos industriais. Intervieram invenções técnicas de fortes efeitos econômicos: a máquina a vapor (1769), os teares mecânicos de fiação (Jenny, 1767, Cartwright, 1768, Jacquard, 1801), a máquina de despolpamento do algodão (1793), enfim a locomotiva e a estrada de ferro (1829).
Tudo isso permitiu a implantação de manufaturas e usinas, o que abalou a exploração artesanal das oficinas familiares. Os capitalistas associaram então seus recursos aos progressos e as novas atividades. Com relação ao operariado, os problemas de alojamento e de higiene foram negligenciados, assim como, aliás, todas as questões relativas à legislação do trabalho. As associações de trabalhadores foram proibias por lei, dando origem a uma dominação completa de burguesia sobre os assalariados. Desde 1788, uma crise de superprodução afetou o algodão inglês. O descontentamento e, depois, a cólera dos operários levaram à criação dos trade-unions (sindicatos)e à organização de greves eficazes. Decisões governamentais ( Ten Hours Act, 1847) limitaram a duração do trabalho, assim como o emprego de crianças, principalmente nas minas. No continente, a industrialização foi mais lenta.
Na França, foi sob o I Império que a mecanização, favorecido pelo bloqueio